Saudades deste espaço onde eu me sinto quase livre... Preciso de novo de expressões, de palavras, de sensações.. Boas e ruins... Sol e chuva... Luz e sombra...Não estou com muita vontade de voltar as viagens de Erich agora, falta-me motivaçao pra rever seus conceitos.
Queria mais era falar sobre as minhas viagens, de tudo o que eu tanto procuro e de tudo o que tanto rejeito. Da felicidade, que corro atrás como louca, perdida e ao mesmo tenho retenho nas garras do meu medo quando sinto que a segurei nos braços por um segundo que fosse.
Essa viagem pra dentro de mim é o mais louco projeto que empreendi em 38anos de existência, ou mais, porque já fazem alguns milhares de anos que ando viajando nesse espírito...
Buscar a felicidade em mim e não no outro, buscar o amor em mim e não no outro, a compreensão em mim, o aconchego em mim, tudo em mim! Auto responsabilidade! Uma palavra um pouco negada porque implica sair do nosso mundinho cômodo e ir a luta fazer o nosso destino.
Quem nunca sentiu aquela sensação de sem rumo... Ao mesmo tempo possibilidade de mudança, virada no leme do nosso barco.
Sinto meu barco na mais completa névoa, buscando um porto que não encontra, e que, ao mesmo tempo, pode estar bem na minha frente e eu não estou vendo. A névoa me cega..
Mas no meio de toda angústia, toda essa busca desenfreada, me dá sensação de poder, não de perda. A coragem de ir atrás de um sonho, de uma ilusão é mágico! É preciso ter força pra segurar o barco se a maré muda e nos joga em águas turbulentas, o barco pode até virar!!! E claro que ele vira, e como... Isso é bárbaro no sentido de crescimento espiritual e do contato com nosso eu superior. A ligação que se estabelece com nosso centro aumenta cada vez que nos enfrentamos, sabemos nosso limite, até onde podemos ir, quando devemos voltar ao porto e repensar. Mas isso tudo com atitude de vencedor, de lutador.
Mudar a estratégia, virar o mapa de cabeça para baixo! Depois içar vela novamente e partir em busca de novas terras!!!!
Maior desafio: não repetir os mesmos portos, não voltar a terras que já conhecemos. Há milhares de novos portos para ancorar! Há milhares de novos "terra à vista!!" para nos fazer seguir adiante com coração renovado. O importante é dar a nós mesmos um tempo de reflexão quando a terra não é tão firme assim.
Mas se decidirmos atracar nosso barco em algum destino, vamos observar se nosso coração está conosco, se ele aceita nossa escolha, pois é ele quem determina onde e quando devemos parar.
Se você acha que já encontrou sua terra, assuma e permaneça, porque, depois de tanto tentar você sabe recomeçar, se for necessário...
Luz à todos!!!
(Foto: www.olhares.com)
