terça-feira, 29 de novembro de 2011

"Veremos o que nos traz o tempo"


Hoje eu abri um email que me inspirou a rascunhar um pouco por aqui...

Era mais um daqueles provérbios chineses, conselhos de sábios, mas de alguma forma mexeu comigo...

Parei para pensar, mais uma vez, em como nós somos extremamente egoístas em relação ao outro. Nós esperamos demais certos comportamentos que as pessoas não podem dar, não estão a fim, estão em outro momento... nós esperamos e não pensamos no que estamos dando de nós, ou como estamos dando o que temos.

Se usarmos de compreensão fica mais fácil entender e não julgar, mas se usarmos de cobranças e expectativas... já era...

Torna-se uma luta diária me bastar para mim mesma, sem esperar que algo ou alguém venha preencher "aquele" espaço. E sei que não sou só eu, você também que está lendo isso sabe que é assim... nos doamos e logo vamos cobrar nossa "doação".

Nossa alma não precisa de nada de fora, e cada vez que vivemos nessa ânsia louca de esperar e de julgar o outro, mais nos enterramos em frustração.

Quem sabe o que é bom ou mal para nós? Eu não sei e nem você sabe.

O melhor exercício para entender isso é voltar um pouco atrás e rever tudo que passamos.
O que realmente foi bom de verdade? Aquela frustração de momento pode ter sido uma sorte imensa!!!
Quem tem coragem de buscar isso dentro de si?
Aquela felicidade passageira acabou por ser um grande infortúnio!

Quero poder aceitar os acontecimentos sem me exasperar, sem julgar, sem criticar, sem achar que é eterno...

E você?

"A vida dá tantas voltas e é tão paradoxal no seu decorrer que
tanto o mal pode vir a ser bom como o bom pode vir a ser mal. "

Vamos caminhando e então "veremos o que nos traz o tempo".


Luz à todos!
Foto: www.olhares.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Vento... ventania..."


Dizem que o Vento Sul, quando passa, só dura três dias... se isso for verdade hoje é o último.

Incrível como viver conectado com a natureza muda tantos hábitos e conversas entre as pessoas. Por aqui estamos ligados na tábua das marés, dia da Lua Cheia e hora que ela nasce no Mar, a hora que o Sol se põe, qual a melhor maré para pescar, deu para surfar hoje?... qual a Flor típica da sua região, a Fruta mais estrambótica que você já comeu... jaca é tão natural... as crianças levam cacau de merenda na escola... não sei você que está lendo, mas para mim tudo isso sempre foi muito distante da minha realidade. A única coisa mais parecida com isso era meu interesse pelo horário de verão, pois na Europa o dia vai até às 9 da noite!

Tem aquela que vende verduras na sua bicicleta e vem na porta de casa oferecer, acabadas de colher... Tem aquele botequinho onde as segundas-feiras toca uma musiquinha ao vivo das mais animadas, regado a "escondidinho" e muita "água"... Sem esquecer aquele espacinho no meio do dia onde você pode dar um mergulho no mar e voltar renovado ao trabalho!
"De manhã está perfeito para caminhar na praia, a maré tá lá longe...". "Não vai dar para caminhar de manhã não, a maré tá muito alta...".

É assim que eu vou poetizando minha rotina...

O melhor horário para não pegar trânsito ou para tentar apanhar o metro um pouco menos cheio está fora do meu contexto. Acompanhar a cotação do euro não me parece mais atrativo do que acompanhar da varanda um hibisco novo no teu jardim. A vida é feita de escolhas, e sempre se paga pelo que escolhemos. Cada um de nós sabe quanto está custando nossas prioridades, e se seguimos pagando é porque de alguma forma estamos felizes, cada um com sua escolha...

O Vento Sul ajuda a refletir, pois tudo que você menos quer é sair de casa... é bom quando ele bate na porta avisando que é hora de dar um tempo... Logo mais o verão está aí e vamos sentir falta dessa "brisa"...

Luz à todos!
Foto: Patrícia Brandão

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"Eu, caçador de mim"


Há exatos 13 anos atrás entrei dentro de um avião rumo ao desconhecido... Parece que foi ontem! Ainda lembro detalhes que podem parecer banais mas que marcaram e ficaram na minha memória.

Lembro ter chorado muito na fila do passaporte, porque estava rompendo com elos, amarras que me prendiam. Estava morrendo de medo também, não da viagem, mas do que ia encontrar... um medo quase paralisante, um medo que me cobrava a todo instante que "tinha que dar certo", eu não podia voltar (isso dentro da minha cabeça). Cruzei o oceano com expectativas, sonhos e projetos... Nada do que eu idealizei ou esperei aconteceu... Surpresas e encantos, tristezas e saudades, amores e desilusões, sucesso e fracasso, e amizades, que perduram e são eternas.
Histórias de outras vidas se misturando na minha... tanto que aprendi! E ensinei, e como ensinei!

Posso dividir minha vida em AP e DP (antes de Portugal e depois de Portugal).

Não imaginei que ao atravessar a fronteira uma nova pessoa estava surgindo... não dei importância a isso, dei importância aos meus medos, que nunca se tornaram reais (por isso medo e expectativas são grandes vilões na nossa vida).
Vivi muito, ri muito, chorei demais, fui amada e amei (infelizmente não ao mesmo tempo), viajei, bebi todas, dancei, trabalhei muito, aprendi de tudo, me perdi e estou me achando.

Eu não consigo encontrar palavras para descrever a importância desse momento.

Apenas tenho que agradecer a oportunidade de viver e descobrir em mim novos rumos, desapegar do material, saber que tudo acontece a nosso favor (apesar de ainda não entender um monte de coisas).

Voltei ao Brasil para um pequeno período sabático... e lá vão 2 anos! Vencendo sempre limites e enfrentando a mim mesma, todos os dias... o que gosto, não gosto, me deixa feliz, me angustia, me acalma, me faz chorar...

Hoje estou do lado do mar, um mar que não abandonarei! "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal". O Tejo me acompanhou diariamente naquele comboio e já não posso mais estar longe da água. Como autêntica pisciana...

Agora enfrentando novos projetos, novos amigos, novos cenários, sempre em busca do novo, que é o que move, e me faz caminhar: o novo!


Luz à todos!

Foto: Patricia Brandão
(Estação de Comboio de Lisboa)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Bastão do Imperador





Mais uma surpresa aqui no quintal de casa!

Bastão do Imperador ou Rosa de Porcelana, alguém conhece? Eu não conhecia nem fazia ideia que tal flor existisse. Oriunda de onde? Asia, mas veio parar aqui em casa vinda de Africa.

A primeira descrição dessa flor foi em aproximadamente 1790 por Paul Dietrich Giseke, um botânico alemão. Mas apenas nos anos 80 o estudo dessa espécie foi aprofundado.

É tipicamente tropical (não podia ser diferente!), sendo encontrada também na ilhas do pacifico, onde é ingrediente de algumas iguarias típicas.

A flor, extremamente vistosa, sai do caule de uma altura de 60 centímetros a um metro, e flores individuais surgem no meio dos nós, lembrando uma pinha. Os talos podem crescer entre 4 e 6 metros, incrível não é?

Quando o redor da flor começa a se expandir, as folhas secam devido ao vento e mudança de temperatura.

Essa flor me fez lembrar, devido a origem, ao artigo que escrevi em 31 de agosto de 2008, sobre uma flor africana que exala mal cheiro (busquem pelo título "Curiosidade").

Tem coisa melhor que essas novidades que colorem nosso dia-a-dia?

Cada dia que amanhece, preferencialmente de sol (ainda somos influenciados por fatores externos), me dá a certeza de estar na região certa, no momento certo... (para mim...)

Ah! O nome científico dessa belezura é Etlingera elatior.


Luz à todos!

Foto: Patricia Helena Brandão



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ilha deserta...



Ela é uma ilha deserta... ninguém atraca...

Ela cuida da sua Ilha...

Coloca tudo o que tem em cada detalhe...

Suas flores inebriam com seu cheiro... seus arbustos harmoniosos... algumas de suas árvores têm troncos tortos... porque ela é uma ilha que está aprendendo....

Essas árvores de troncos tortos... mesmo tortos, dão flores, dão frutos... porque são regados com compaixão...

Ela é uma ilha deserta...

Ao longe desperta curiosidade... desperta paixões... todos querem conhecer a ilha... nenhum barco lança ancoras...

Sua areias convidam a caminhar...

As espumas do mar brincam aos seus pés.. as pegadas... intensas... se desfazem...

Ela é uma ilha deserta com uma rocha...

Essa rocha segura as ondas do mar bravio que querem devastá-la... nesses momentos de aflição olha para o alto, para o sol, lua e estrelas... pergunta...

Por quê?

Por que nenhum navio quer atracar? Olham ao longe e nao vêm me desbravar? Não bebem as águas das minhas nascentes, sentem o cheiro das minhas flores, descansam a sombra das minhas arvores?

A ilha pergunta... dia e noite... sem parar...

Quando se cansa de perguntar, sente o calor do Sol, a Lua Cheia vem lhe visitar com um milhão de Estrelas... ela escuta:

"Continue cuidando de sua ilha!"

E tudo parece fazer sentido novamente...

O ar puro da ilha a faz mais deslumbrante, os animais fazem uma festa porque a ilha está cuidando, está criando, descobrindo novos mundos dentro do seu circulo...

Ela cuida... e pára de olhar para o horizonte à espera de um navio...


Luz á todos!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Recolha seu coração louco....


Hoje eu estava revendo um filme, Coração Louco, com Jeff Bridges, e num determinado momento ele compõe uma canção que traduziu-se mais ou menos assim:

"O seu coração está solto,
Você jogou os dados sem ter nada a perder,
Este lugar não é para os cansados...
.... você não pertence a este lugar
Recolha seu coração louco e tente de novo..."

Na primeira vez que eu vi o filme já quis escrever sobre, mas não se proporcionou, como agora...

Eu não sei em que momento de minha vida optei por levá-la sem amarras, sem peso, sem obrigação... sedenta de conhecimento e crescimento... mas a verdade é que a que cada lugar que vou, que permaneço seja por quanto tempo for, um pedaço de mim fica... e ultimamente tenho sentido que o suposto "buraco" não existe! Ele é preenchido automaticamente por tudo de bom que eu levo dos lugares, das pessoas, das paisagens, das conversas... a mais pura e verdadeira relação de troca existente entre o que eu sou e o universo! Evidentemente também levo saudades... mas a saudade tem me deixado feliz, pois significa que foi bom, que houve permanência... que há permanência...

Realmente a vida não é para os cansados, pois toda hora é hora de tentar de novo, para quem tenta viver de verdade... e ter essa sensação que estou tendo...

Ter um coração louco é pagar o preço... eu estou sempre disposta a pagar esse preço porque é renovador em mim tentar de novo...
Se eu me canso? Sim, canso muito quando não tenho nada novo para ver, sentir, conhecer... Gostaria de parar? De conhecer, não... É o que me move, mata minha sede! Faz com que eu me conheça melhor, entre em contato comigo... Se um dia eu parar, será só geograficamente, será só quando sentir que posso colorir minha vida diariamente no mesmo lugar...
A vida se pinta de preto e branco se não tenho nada novo para me emocionar, para me sentir como uma criança descobrindo a vida...

O que posso fazer é compartilhar com vocês todas as cores que ando vendo por aí...
Vocês aceitam?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sensações Soteropolitanas


Ouvindo Marisa Monte na Casa de Jorge Amado está me dando uma sensação indizível...

Estar em um lugar que me remete automaticamente a outro, do outro lado do oceano, me faz crer que tudo caminha sempre para o encontro conosco mesmo.

Nas ladeiras e nas pedras do Pelourinho, onde por momentos sem fim pensei estar em Lisboa (no Bairro Alto ou em Alfama), na escadaria do Pagador de Promessas, no esconderijo dos escravos, ou olhando a Baía de Todos os Santos... alma completamente entregue ao mar... não é imagem fictícia de livros românticos...
Quem consegue olhar com olhos de sentir, descobre um universo à parte, o qual a maioria desconhece...

Salvador não pode ser reconhecida como sinônimo de Carnaval.. é muito pouco... é nada, perto de toda sua história, perto da pulsação dos atabaques.

Salvador merece um olhar mais carinhoso, merece um investimento cultural, um mês dedicado a cultura e não a folia apenas. Sim, há muita cultura na folia, mas o temor maior é que o axésismo tome conta ainda mais da mente dessas pessoas tão carentes de carinho, de cuidado, de amor-próprio.

Despertar essas mentes para a curiosidade da vida, despertar a sede de descobrir sua própria história, suas origens. Enriquecer suas almas, seus sentimentos, seus pensamentos.

Mudar o slogan de venda turística seria um bom começo para a renovação moral dos soteropolitanos.

(Este é o início de uma série de olhares meus sobre esta cidade que me foi apresentada de modo muito singular...)


Luz à todos!!

(Foto: portão da Igreja do Senhor do Bonfim)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Espumas......



Estava caminhando na praia no momento mais gostoso.... (para mim, claro!)

....a maré começa a subir e as ondas a brincar com a areia, vindo de encontro aos nossos pés e dando aquela sensação de frescor, e constância com sua espumas...

O mar é objeto de estudo, de adoração, símbolo de longevidade, de horizonte, de infinito, mas eu prefiro olhar para o mar mais perto, quando posso tocar, interagir, no momento em que as ondas vêm brincar com nossos pés...

Quando a maré está seca, quando o mar está dormindo, na sua plena quietude... as crianças aproveitam e correm, vão até bem adiante, sem medo, com total confiança nos seus passos... aí então o mar desperta e quer brincar também! É o momento de cumplicidade entre homem e natureza, estão de mãos dadas brincando de ciranda... mas num dado momento as ondas começam a crescer, pedindo licença para acontecer, num frenético bailado, às vezes assustador, que me faz respeitar ainda mais o todo-poderoso.. eu me afasto... posso me entregar e admirar a sua dança raivosa, ou me agonio e vou embora... não sei o que o mar quer dizer quando começa a levantar sua voz e impor sua presença de forma forte e imponente. Penso que ele quer apenas mostrar quem pode mais, ou em momentos mais furiosos ele quer se vingar de nós e derrama toda sua fúria, atingindo quem quer que seja...

O mar não é nenhum vilão, ele apenas reage ao que fazem com ele, e isso está cada vez mais evidente nos noticiários.

Mas não quero agora pregar posturas ecológicas...

... quero apenas falar da imagem singela, do sentimento de união, de parceria... para isso basta apenas você ser humilde e ser humano, afinal estamos aqui há apenas alguns anos... quem é o sábio dessa cumplicidade?

A quem devemos agradecer o presente da partilha?

Você tem sensibilidade para isso?

O verdadeiro artista do mar é aquele que consegue bailar junto com as ondas, surfando em perfeita sintonia com o humor de Netuno.


Luz à todos!!!

(foto: Patricia Brandão/ Caraíva)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cheira bem... Cheira à Lisboa!!!





Pegando sugestão de um amigo, decidi elaborar um roteiro de visita à Lisboa que não foge muito dos turísticos, mas passa pelo olhar de uma pessoa que viveu 11 anos consecutivos naquela terra que me é tão especial…

Elaborei algo para 5 dias, fica meio apertado, mas dá para cumprir!!!

Em Lisboa nos sentimos em casa… aquele ar bucólico contagia e te deixa inspirado, inserido naquelas paisagens cheias de história.

  • Começo pela região de Belém. Podem reservar um dia inteiro para passear no meio daqueles jardins, dos monumentos, dos cafezinhos e pastéis de nata…. Comece pelo lado marítimo. Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos, e caminhem nas margens do Rio Tejo.

Por uma passagem subterrânea irão para o lado terrestre de Belém, tendo o Mosteiro dos Jerônimos, Centro Cultural de Belém e o Jardim. Usufruam bastante do jardim, cheio de pequenas estátuas no meio dos arbustos. Depois uma pausa inevitável nos Pastéis de Belém. Com certeza irão encontrar um fila gigantesca na porta, mas não se assustem… entrem… pois existem diversos salões com mesas lá dentro (com lindos azulejos nas paredes), onde poderão desfrutar do maravilhoso e famoso pastel de nata… Para encerrar sugiro uma caminhada pelas Docas de Alcântara, com inúmeros restaurantes, à escolher, e admirando a Ponte 25 de Abril...

  • Os próximos dois dias eu sugiro uma maratona pela cidade (eu aconselho que andem muito de ônibus, ou melhor, auto-carro, são modernos e para além disso aprecia-se toda a paisagem).
Começando no Chiado, um cafezinho na Brasileira, onde Fernando Pessoa está a espera para tirar uma foto com você!! Depois descendo em direção a Baixa Chiado, vai encontrar o Elevador Santa Justa, que te levará da Baixa até um miradouro, onde terão uma vista de tirar o folego!! Muitas fotos nessa hora!!!

E descendo novamente até a Baixa Chiado: Praça do Comércio, Rua Augusta, Praça da Figueira, Rossio, Estação de Comboios do Rossio, Restauradores, Teatro D.Maria II. Nessa região há muitas tascas com especialidades portuguesas.

Dos Restauradores tem inicio a Av. da Liberdade, a mais famosa rua de Lisboa, muito arborizada e florida, com pequenas fontes no meios das plantas, bem como inúmeras lojas de griffe e o Teatro Tivoli.

No topo da avenida está Marquês de Pombal e o Parque Eduardo VII. Imperdíveis também!!

Podem fechar com a Praça de Touros, no Campo Pequeno. Nessa região tambem encontra-se muitos lugares bons de se comer.

No meio disso tudo um olhar muito atento para a arquitetura, e um guia de história (perfeito!!)…

Um passeio de elétrico é tudo!!!!!!! Com ele vá até o Castelo de São Jorge.. Até lá, alguns miradores com vista sobre o Tejo!!! Clic, clic, clic….. Do Castelo uma vista totalmente sem palavras… depois me conte….

Podem descer a pé, passando por Alfama, Catedral da Sé, Convento do Carmo. Tentem encaixar o Panteão Nacional.

  • Para o quarto dia, no lado oposto da cidade, eu aconselho que apanhem o metro (as estações da linha vermelha são lindas!!!), vá até o Parque das Nações, local onde foi realizada a Expo 98. Prepare a máquina fotográfica e os pés….
Gare do Oriente, Oceanário, fontes, pavilhões, teleférico, Ponte Vasco da Gama… Essa região foi totalmente construída para a exposição e se mantém ativa.
  • Encerrando o ciclo de 5 dias, um passeio até Cascais!!!

No Cais do Sodré você apanha o Comboio e deixe-se levar!!!!! Sugiro que você desça no Estoril, dê um passeio no jardim, no Casino, e depois vá caminhando pelo paredão (beira mar) até Cascais.

Muitas poses pelo caminho….

Em Cascais você apanha o comboio novamente até o Cais do Sodré.

Se puderem encaixar Sintra nesse dia… é imperdível……… os travesseiros da Periquita e o Palácio da Pena


BOA VIAGEM!!!!!!!!!!!!!!


Luz à todos!!!!!!!!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Intermitência


Pedindo emprestado essa rica palavra de Saramago, encontrei a melhor definição: interrupção momentânea...

É o que eu acredito que ocorre quando alguém que amamos deixa de estar fisicamente do nosso lado.

Há quase um ano vivo essa experiencia de “perda” e ainda soa tão estranho quando penso…

Algo se rompe e por alguns momentos, que ainda duram, uma sensação de impermanência, de não pertença, de estranheza… Vivi tanto tempo longe dele… e parece que ele está lá, levando a vida dele, esperando eu chegar de férias… a diferença é que eu chego e não o vejo sentado no sofá da sala .. telefono e não o ouço dizer “Alô, Patinha?”…

É um elo de ligação que se quebrou, em um milhão de caquinhos que não tem maneira de serem colados…

Ao homenageá-lo, em 2008 numa reunião familiar, vi quantos laços se refizeram , por algumas horas, afinal era o aniversário dele.. foi maravilhoso… impagável… e ele estava feliz… com aquele sorrisão aberto que ele tem.. tinha… tem… e sinto que não nos reuniremos daquela forma mais… e fico feliz por ter acontecido aquele momento mágico..ele que sempre foi tão ligado a familia…

Gostava de ter sido mais presente na vida dele.. mas eu fui o que poderia ter sido, fiz o que eu pude fazer, dentro das minhas limitações.. não fui uma filha perfeita, apesar de ter tentado ser… por algum tempo…

Mas o amor exisitiu e existe…

As palavras parecem tão insignificantes perante os sentimentos…. por isso minha opção de sempre falar pouco…

PAI, PERDÃO…. TE AMO!!!

Luz á todos!!!